Li Menezes ")
Sexta, 18hrs, depois de chegar com minha mãe da reunião de executivas da Tupperware deparo-me com a triste realidade de ter que ficar em casa. Nem sempre é triste, as vezes pego uns filmes, compro pizzas e me esbaldo na coca-cola com meus irmãos ( fico triste depois que me peso).

Mas hoje, eu não estava pra filmes, pizza e risadas com o Adelf.

Meu siso deu sinal de vida, e que vida. Então minha paciência estava no limite, na boca do copo.

Entrei no msn, falei com uma amiga de muito tempo, fucei o limão, entrei no site da boa forma, entrei no site da fapcom, tirei dúvidas on line com o Alek e me entediei.

A essa altura a novela das oito ja tinha acabado e o erotismo barato do BBB8 já estava pra começar. Recuso-me. Recluso-me.

Raskólhnikov me espera...me encontra. Será que ele vai mesmo matá-la?? Não esperei pra saber.

Volto ao cyber espaço. Ó..não sou só eu em casa na sexta a noite bodiada...

Discussões emésenenianas com um amigo que quer colorir-se...francês online com a Rê e falta de assunto com outras pessoas...

E assim sobrevivi a mais uma sexta em casa.

Alguééém! Salve-me...

( Postado em 10/01/2008 no sacaricando.zip.net )
Li Menezes ")
Essa semana estava arrumando meu quarto quando achei minha caixa verde de bagunça. Sempre mudamos muito de casa, estado, cidade, bairro, e pra qualquer lugar que fossemos eu fazia questão que levassem minha caixa. Um pouco de todos os amigos que tive e tenho estão naquela caixa. Eu tinha que levar.
Abri. Nossa, deu até um frio na barriga, essa caixa abriga recordações de 10 anos mais ou menos.
Cartas, bilhetinhos de amores adolescentes e platônicos, bonequinhas, anel de latinha, papel de bala...eu disse, uma caixa de bagunça.
Tudo que eu ganhava ia colocando cuidadosamente, quase que como ritual, na caixa verde. Acho que até por privacidade, afinal sempre dividi o quarto com meus adoráveis e bisbilhoteiros irmãos.
Decidi dar uma pausa na faxina e viajar no tempo na minha caixa verde.
Cada papelzinho que eu pegava na mão me fazia voltar o momento que o recebi.
As cartas tão esperadas da Debora eram o conforto da minha solidão arraiana.
O anel de latinha de Sprite tomada num dia quente em Brasília com o Eduardo no "recreio" me fez sentir o gosto do refri e a felicidade da companhia outra vez.
O diário pré-adolescente com capa de bruxinha mostrou o quanto eu era feliz e não sabia.
Naquela época tudo era pra ontem e se ele não me quisesse...suicídio com leite condensado, oras!
Cada coisinha que eu guardava e minha mãe sempre achou que era lixo, hoje é meu tesouro, minha essência.
Meus bisnetos saberão quem fui ao vasculhar a caixa.
Sou aquilo que lembro, o que tenho de recordação.

(Postado em 06/11/2007 no sacaricando.zip.net)
Li Menezes ")
Todas agitadas. "Vai! Ela vai jogar o buquê!!" Eu já de saco cheio, sem ar com aquele vestido super apertado e que me deixava 15klg mais gorda fui tentar me divertir...pensei: mas nem namorado eu tenho oras! As gajas todas afoitas e sorridentes, até idosas querendo pelo menos um ramo do dito...isso vai dar briga. Na tentativa de agradar e com uma fezinha na lenda fui atras do bem amado buquê. Certo, fui bem na frente, afinal ela vai jogar lá pro final e eu não faço papel de solteirona desesperada. 1 2 3 Uhuuuuuuuuuuuu!Bem na minha mão!! Uma velha tentou puxar de mim, opa! Peraí brother!!! Já que veio de bandeija, larga que é meu!!!

( Postado em 19/10/2007 no sacaricando.zip.net )
Li Menezes ")
Na sala o pai assiste a formula 1, na cozinha a mãe arruma a mesa para o café com a ajuda de Elisa, e eu aqui na cama ouvindo o canto dos pneus e a voz alta e estridente da mãe. Reluto a me levantar, tão quentinho...cochilo. Meu corpo começa a doer, agora sim levanto. Muito a contra gosto, diga-se de passagem. O pai ainda na sala só que agora com o rádio ligado. Sozinha na mesa ( todos ja fizeram seu desjejum) como o meu pão ouvindo a obra prima de alguém tocando na "cultura fm". A mãe ja está afobada pensando no peixe que fará para o almoço, tomo meu leite. O pai pega um livro, migro para sala e juntos conversamos assuntos que se conversam em cafés filosóficos. Almoço pronto. Tem salada de atum!! Eu faço o suco! 2 pacotes para 1 litro e meio, afinal o pó não é de boa qualidade. Hoje é dia de descanso, depois de lavar os pratos relaxo um pouco na escada enquanto leio uma revista e tomo o solzinho frio da tarde. Cansada de não fazer nada, durmo. Duas horas de sono, acordo com os gritos da mãe: " Elisa! Seis e meia!!! Se arruma que vamos nos atrasar para a igreja!!!". Vão. O pai fica, ele seu ceticismo e seus livros. Bom eu tambem estou em casa. Antes eu ouvia muito: " vai ficar tudo bem.." e ficou...como sempre foi.


(Postado em 24/07/2007 no sacaricando.zip.net)
Li Menezes ")
Sentir o seu cheiro e ouvir sua respiração tão perto... momento único. A infusão de felicidade burbulhava dentro do meu corpo. Penetrei num plano de existência onde nada mais importava, não conseguia ouvir nem enxegar mais nada além de nós dois e o relógio. Angustiante, mas uma delícia! Se minha felicidade falasse, teria enchido o ambiente com um urro ensurdecedor. Pronto! Time out! Tempo esgotado, o relógio insistente me avisava a hora de ir. Tive de voltar ao mundo real e cruel onde esse romantismo quase que juvenil não passava de ilusão... de um amor platônico.

( Postado em 19/07/2007 no sacaricando.zip.net)